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O conteúdo que estará neste blog, terá como objetivo passar informações não somente para profissionais da saúde, mas também, para a população em geral. Falaremos de todo o processo de envelhecimento e também de como manter uma qualidade de vida saudável.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O envelhecimento

A população brasileira encontra-se em franco processo de envelhecimento há cerca de mais ou menos 30 anos. Quedas significativas nas taxas de mortalidade e fecundidade ocorreram em um espaço relativamente curto de tempo, fazendo que a transição de uma população jovem para uma população envelhecida esteja acontecendo de forma muito mais rápida e explosiva do que verificada na Europa há mais de um século (Ramos).
O Brasil, no ano de 2025, terá a 6º maior população de idosos do planeta - mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Com o enevelhecimento populacional, há um aumento significativo na prevalência de doenças crônico-degenerativas.
Sabemos que, em princípio, todos os indivíduos têm e mantém, durante toda a sua vida, os mesmos direitos civis e políticos; todavia, a realidade enfrentada pelos idosos em nossa sociedade é bem diferente das que nos é apresentada pelos estatutos.
A velhice parece ser um tanto desagradável para muitas das pessoas que relatam sobre este estado dinâmico, que se instala com o passar dos anos. Todos querem viver por muito tempo, mas ninguém quer chegar à velhice.
Quando Buda era ainda o princípe Sidarta, encerrado por seu pai num magnífico palácio, dele escapuliu várias vezes para passear de carruagem nas redondezas. Na primeira saida, encontrou um homem enfermo, desdentado, todo enrugado, encanecido, curvado, apoiado numa bengala, titubeante e trêmulo. Espantou-se, e o cocheiro lhe explicou o que era um velho: "Que tristeza - exclamou o princípe - que os seres fracos e ignorantes, embriagados pelo orgulho próprio da juventude, não vejam a velhice! Voltemos rápido para a casa. De que servem os jogos e as alegrias, se eu sou a morada da futura velhice." (Beauvoir, 1970, p.7). O jovem e o adulto, que conhecem a velhice dentro de si, estariam mais preparados para receber, de modo crítico e produtivo, as imagens negativas do envelhecimento e da velhice que lhe são oferecidas. Assim, o reconhecimento a casa, semelhante ao do jovem Buda, serviria para o ajuntamento de esforços que assegurasse um reconhecimento público da autoridade, sabedoria, produtividade e outras contribuições importantes que vêm da velhice.
O problema com a velhice não é a velhice em si, mas a maneira como o idoso e os outros se colocam perante ela. Não conseguimos compreender a velhice em sua totalidade, pois ainda nos falta reconhecer o valor de toda uma existência, preocupando-nos com o que se realizou e com o que ainda se tem pela frente. A velhice não é um passo para a morte, mas mais uma etapa da existência humana que deve ser encarada de forma constante.
Durante muitos séculos, não existiram em nossa sociedade, pesquisas médicas empenhadas em entender o processo de envelhecimento. È somente a partir do século XX, com o surgimento da Gerontologia, que pudemos perceber uma maior sistematização dos estudos e pesquisas que buscam entender esse processo. Segundo pudemos constatar, a Gerontologia estuda os fenômenos fisiológicos, psicologicos e sociais relacionados ao envelhecimento do ser humano. Até então, existiam numerosas obras dedicadas a juventude e encarar a velhice e dela se ocupar era considerado um tabu ou mesmo uma questão desagradável (Beauvoir).
Então, é fundamental que se perceba que o envelhecimento não é somente um "momento na vida do individuo, mas um processo extremamente complexo e pouco conhecido, com implicações tanto para quem o vivencia como para a sociedade que o suporta ou assiste ele" (Fraiman, 1995).
A realidade brasileira marginaliza as pessoas idosas. Isto não costuma ocorrer em outras culturas, como por exemplo, a cultura oriental que integra intensamente os idosos à vida social. Para estes, o velho não é sinônimo de senil e sim um sábio, ao contrário da população brasileira, que muitas vezes, não vêem a hora de internar seus idosos quando não os agregam dentro de suas próprias famílias.
Defendemos aqui a velhice não como um mal, mas sim, como um resultado de transformações ao longo da vida. É certo que nem se pode evitar o envelhecimento, mas podemos exercer a influencia sobre a maneira de como envelhecer. Portanto, envelhecer pode significar um enriquecimento espiritual e uma vida aprazível (Ferrigno).
O bem estar na velhice, ou saude em sentindo amplo, seria o resultado do equilíbrio entre as várias dimensões da capacidade funcional do idoso, sem necessariamente significar ausencia de problemas em todas as dimensões (Ramos)

4 comentários:

  1. Parabéns pela iniciativa de editar o Blog.
    Um abraço.
    Geraldo Barbosa (Blog 14-F)

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  2. Minha querida prima
    Parabéns pelo seu trabalho!
    A cada dia me orgulho mais de você!
    Um grande beijo

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  3. Ótima iniciativa de passar informações valiosas de interesse geral. Sucesso no seu trabalho!!

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  4. Òtima idéia essa sua parabens pela iniciativa, muito sucesso tudode bom em sua carreira bjãoo André Sá...................

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